Com o objetivo de mostrar a importância da educação financeira nas empresas, a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), divulga uma pesquisa sobre a saúde financeira dos trabalhadores brasileiros.
Em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus foram entrevistados 2.000 funcionários de cem empresas, dos mais diferentes níveis hierárquicos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Distrito Federal.
De acordo com o levantamento, 81% dos trabalhadores brasileiros dependem exclusivamente do INSS para a futura aposentadoria, enquanto apenas 19% possuem planejamento para alcançar os seus objetivos.
A pesquisa revela ainda que apenas 16% dos colaboradores ouvidos são capacitados financeiramente, ou seja, conseguem pagar suas contas com o remuneramento mensal e planejam seus gastos com antecedência. Por outro lado, 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças. Essa soma de fatores pode levar ao endividamento e, na maioria das vezes, essas dívidas impactam diretamente no rendimento do trabalhador.
“Os dados são realmente preocupantes, visto que estamos diante de uma iminente reforma da Previdência Social, onde o trabalhador terá que contribuir por um período maior e apenas o dinheiro do governo não será suficiente. É preciso educar financeiramente os trabalhadores com urgência para que eles tenham mais sustentabilidade financeira no futuro. Além disso, o ganho também é para as empresas, já que uma pessoa saudável financeiramente é muito mais produtiva, assim as empresas devem se precaver implementando a educação financeira como um benefício aos seus colaboradores”, explica o presidente da ABEFIN, Reinaldo Domingos.
Como educar financeiramente?
A educação financeira deve ser tratada como parte da responsabilidade social da empresa, beneficiando funcionários, familiares, comunidade e a própria empresa. A implementação de um programa de educação financeira na empresa propicia uma estrutura de apoio, amparo e instrução para os colaboradores. Com esse suporte, o profissional aprende a administrar os recursos financeiros que passam por suas mãos e a respeitar o limite de seu padrão de vida.
Ao elaborar um orçamento financeiro que leve à conquista de seus sonhos, o profissional aprende a equilibrar as finanças e mudar seus hábitos e comportamentos, consumindo de forma mais consciente.
O departamento de Recursos Humanos deve fazer esse trabalho, combatendo a causa para diminuir os efeitos. Para isso, os colaboradores precisam passar por uma mudança de hábitos, costumes e comportamento em relação ao uso do dinheiro.
O Programa de Educação Financeira nas Empresas deve se adequar aos diferentes perfis dos funcionários. Para isso, é preciso analisar toda a estrutura oferecida, como tempo, método, material de apoio e disponibilidade dos funcionários.
A empresa que investe em programas de educação financeira também ganha, visto que seus colaboradores trabalham com mais prazer, mais tranquilidade e buscando crescimento, pois retomam a consciência de ter objetivos.
Fonte: Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN)