Quem quer se exercitar ao ar livre em uma cidade grande como São Paulo pode encontrar alguns desafios. Um deles é a poluição causada pelos veículos, que ajudam no processo inflamatório do sistema cardiovascular.
Mas, isso não deve impedir a prática, já que o exercício físico regular diminui esse processo de inflamação sistêmica, protegendo o coração e vasos.
O pneumologista Ubiratan de Paula Santos explica que é possível se exercitar em grandes cidades em diferentes níveis, dependendo dos locais e do grau de poluição. “O recomendado é estar em vias secundárias de tráfego, a pelo menos 200 metros de corredores de veículos”, recomenda.
O sedentarismo é um problema que atinge os moradores das grandes cidades. A rotina estressante e cansativa impede muitas vezes que as pessoas reservem um tempo para se dedicarem aos exercícios. A auxiliar Ana Guimarães conta que, por conta do trabalho e de cuidar dos filhos, não sente vontade de se exercitar.
“Sei que é importante. Porém com a minha rotina fico muito cansada. Não consigo acordar mais cedo e não tenho ânimo para fazer a tarde”, afirma.
O oncologista Paulo Hoff explica que “os exercícios físicos podem combater a obesidade e auxiliam no equilíbrio hormonal, dois fatores de risco para o desenvolvimento de câncer, além de serem importantes na recuperação e reabilitação dos pacientes oncológicos, por assumirem um impacto positivo sobre corpo e mente”.
Outros grupos com dificuldade de mobilidade
Alguns grupos com dificuldade de mobilidade também devem evitar o sedentarismo. Para as grávidas, por exemplo, o ideal é não exagerar na hora da malhação, mas nunca abandonar a atividade física (sempre com o acompanhamento de um especialista).
Os idosos também devem ser atentar a manter uma rotina que inclua exercícios físicos moderados. A prática constante é um meio de manter os músculos firmes e o reflexo em dia, evitando tombos e lesões.
“Segundo a OMS, idosos fisicamente ativos tem a menor prevalência de depressão se comparado a idosos que não praticam atividade física. A autoestima está diretamente ligada a isso”, completa a fisioterapeuta Maria Simone Barreto.