Na cidade de São Paulo, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma rede de apoio, acolhimento, orientação e tratamento para as mulheres vítimas de violência, seja ela qual for, por meio da Área Técnica da Saúde Integral da Mulher da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Para cumprir esse papel de promover segurança, cuidado médico e apoio emocional, todas as unidades de saúde do município contam com uma equipe preparada para realizar o primeiro atendimento à mulher vítima de violência e, se necessário, fazer o encaminhamento para a rede especializada. Mas, além desse preparo profissional para receber os casos, é importante também reforçar a conscientização sobre todos os tipos de violência, para que a mulher possa reconhecer os sinais da agressão.
1) Violência psicológica: ocorre quando o agressor isola a vítima, humilhando-a diante de outras pessoas e fazendo chantagens emocionais;
2) Violência moral: quando o agressor tenta interferir nas escolhas pessoais da vítima, faz acusações de traição e expõe a vida íntima para destruir a reputação dela;
3) Violência patrimonial: nesse tipo de agressão, a vítima tem seus documentos rasgados ou confiscados e material de trabalho ou objetos pessoais destruídos. Além disso, o agressor também tenta controlar o dinheiro da vítima, restringe o uso ao carro da família ou, em caso de relacionamento separado, deixa de pagar a pensão;
4) Violência física: ocorre quando existe uma agressão ao corpo da vítima, desde um empurrão, um aperto no braço ou pescoço, até um golpe físico mais forte;
5) Violência sexual: quando, na tentativa de consumar um ato sexual indesejado ou insinuações sexuais indesejada, o agressor faz uso da força, de ameaça ou desrespeito à vontade da vítima de parar;
6) Violência no ambiente virtual: quando há o compartilhamento de uma foto ou vídeo íntimo sem consentimento da vítima ou uma difamação pública.
Vale ressaltar que nem sempre essas violências são cometidas dentro de um relacionamento afetivo; elas podem estar presentes em outros tipos de relação também, como familiar ou de uma amizade.
Ao passar por qualquer agressão, a vítima deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para receber o primeiro atendimento e a orientação adequada. Fazer o boletim de ocorrência não é obrigatório, mas é uma recomendação importante para ajudar a capital a combater os casos de violência contra a mulher e encorajar outras vítimas a denunciar também.
Na UBS, a vítima poderá receber apoio do Núcleo de Prevenção à Violência, uma área especializada que conta com uma série de profissionais preparados para orientar e realizar o encaminhamento para uma rede com centros de apoio psicológico, social, jurídico e de qualificação profissional. Fonte: capital.sp.gov.br