No final do ano passado a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, com apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), firmou acordo com a ONG formigas-de-embaúba para levar programas de educação ambiental para quase as 3 mil escolas municipais, podendo beneficiar mais de 1 milhão de estudantes.
O objetivo da parceria é promover a educação ambiental crítica a partir do plantio de miniflorestas de Mata Atlântica por alunas e alunos nas escolas públicas, sensibilizando as novas gerações para a urgência da regeneração de ecossistemas e mitigação das mudanças climáticas.
A SVMA é responsável pela doação de parte das mudas utilizadas pelos estudantes, que vêm sendo fornecidas pelo Viveiro Harry Blossfeld, localizado no Parque Cemucam e pelo Viveiro Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera. O CEU Alvarenga, por exemplo, já recebeu mais de 300 mudas de árvores nativas de diversas espécies, como: Manacá-da-serra (Pleroma mutabile), Camboatã (Cupania vernalis), Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra), Laranjinha-do-mato (Eugenia supraaxilaris), Ameixa-da-mata (Eugenia candolleana), Bacupari (Garcinia gardneriana), Ipê-amarelo-cascudo (Handroanthus Chrysantrichus), Jabuticaba paulista (Plinia cauliflora) e Araçá-pitanga (Eugenia leitonii).
Entre os compromissos de educação ambiental assumidos pela SVMA estão ações para contribuir na potencialização e integração das políticas públicas de educação ambiental já existentes, o que corrobora a ideia de apoiar as iniciativas da ONG.
Como funciona? Os alunos e as alunas e as comunidades são envolvidos em todas as etapas do processo, que abrangem o estudo de preparação do solo, o plantio e os cuidados com as plantas. As miniflorestas, ao crescerem, serão verdadeiras salas de aula ao ar livre, promovendo a biodiversidade e diminuindo a temperatura nas regiões onde estão localizadas, tornando-se, assim, um refúgio verde de vida em meio ao cinza das grandes cidades.
Rafael Ribeiro, cofundador da formigas-de-embaúba, comentou sobre a parceria com a Prefeitura: “A cidade de São Paulo é nossa principal área de atuação. A partir do acordo de cooperação assinado com a secretaria de educação, estamos aos poucos estendendo nossa atuação para todas as regiões da cidade, em total alinhamento com as políticas públicas do município. É um trabalho de formiguinha para, aos poucos e em conjunto com as comunidades escolares, trazer a Mata Atlântica de volta à cidade”.
Em 2021, o programa de plantio foi implementado em quatro CEUs na cidade de São Paulo, sendo atendidas cerca de 1.500 crianças e adolescentes, com o plantio de mais de 2.000 mudas de aproximadamente 130 espécies de árvores nativas da Mata Atlântica; cada minifloresta tem cerca de 500 m². Fonte: capital.sp.gov.br
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