O teste do pezinho ou triagem neonatal é lembrado no dia 6 de junho por um bom motivo: este exame, realizado a partir de algumas gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido, consegue detectar precocemente doenças genéticas, infecciosas ou metabólicas que podem comprometer sua saúde e qualidade de vida. Muitas delas não apresentam sintomas ao nascimento e podem aparecer mesmo sem a existência de casos na família.
Para que a prevenção seja possível, a coleta deve ser efetuada entre o 3º e 5º dia de vida do bebê. O teste básico detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. O teste ampliado, oferecido na rede pública do município de São Paulo, detecta 14 grupos, totalizando até 50 doenças.
Obrigatório e gratuito, o teste do pezinho deve ser oferecido a todas as crianças nascidas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja pelas maternidades ou por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O teste é considerado uma triagem, a partir da qual, se houver necessidade, o bebê será encaminhado para os exames confirmatórios, e, se necessário, ao agendamento de consulta com especialistas na rede municipal de saúde, assegurando a linha de cuidado para cada doença.
Na capital, o Instituto Jô Clemente (antiga Apae) é o serviço de referência em triagem neonatal, sendo responsável por capacitação e sensibilização continuada de todos os profissionais da saúde, monitoramento da qualidade e quantidade das amostras coletadas nos equipamentos de saúde, realização dos exames coletados e confirmação diagnóstica e pela busca ativa de responsáveis por crianças para as quais há necessidade de novos exames. Fonte: capital.sp.gov.br