Adotadas por um número cada vez maior de pessoas, as lentes de contato implicam em uma série de cuidados, que devem ser observados para que o conforto não se transforme em problemas que podem levar ao comprometimento da visão.
A atenção começa com a própria prescrição do artefato, que deve sempre ser feita por um médico oftalmologista. Só este especialista está habilitado a indicar o melhor tipo de produto – existem vários tipos de lentes, fabricadas com diferentes diâmetros e tipos de materiais, como gelatinosas, rígidas, esclerais até mesmo lentes cosméticas (verificar o grau, a curvatura e o diâmetro), uma vez que dois indivíduos com o “mesmo grau” não necessariamente usam a mesma lente de contato, além das condições do olho e se há algum fator impeditivo para o uso do material. O médico também pode orientar e acompanhar o período de adaptação do paciente. Depois da fase de adaptação, é importante que o usuário tome uma série de cuidados para não ter problemas decorrentes do uso incorreto das lentes, ou de falhas na sua limpeza e manutenção. A maior parte das infecções em usuários de lentes de contato são causadas por bactérias, como resultado especialmente da falta de higienização do material. Alguns desses organismos podem inclusive causar danos permanentes à córnea.
Veja algumas dicas para evitar problemas: não durma com as lentes de contato, pois isso pode provocar lesões na córnea; as lentes não devem ser usadas por períodos superiores a 16 horas em um dia; use as lentes de contato em associação com os óculos, e não em substituição a eles; as lentes podem por exemplo ser usadas de maneira “social”, ou seja, em locais como trabalho ou eventos, mas ao chegar em casa o recomendado é retirá-las e retornar aos óculos; preste atenção na hora de colocar as lentes, para não deixá-las viradas ao contrário, ou mesmo por a lente no olho errado, pois a diferença de grau pode causar prejuízos à visão; as lentes não devem entrar em contato com nenhum tipo de líquido que não sejam os próprios para a sua limpeza, ou seja, não devem ser utilizadas no banho, piscina, mar etc;higienize as mãos antes de tirar e colocar as lentes; esta medida é fundamental para evitar a contaminação do material com micro-organismos como bactérias, presentes em outras partes do corpo ou no meio ambiente; limpe diariamente as lentes com solução adequada, indicada pelo oftalmologista, para evitar acúmulo de resíduos e contaminação; lave o estojo das lentes regularmente, usando a mesma solução usada nas lentes; evite coçar os olhos, pois além do deslocamento das lentes, este hábito pode causar danos à retina e levar micro-organismos ao local; ao primeiro sinal de desconforto ou olho vermelho retire as lentes, e, se o problema persistir, procure um médico;compre lentes de marcas reconhecidas, e respeite o prazo de validade estabelecido, seja ele diário, quinzenal, mensal ou anual, para evitar a perda de suas funções corretivas e mesmo e o risco de contaminação.
Inclusive, os munícipes podem marcar consultas médicas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Fonte: capital.sp.gov.br