Dificuldade de aprendizagem, falta de apetite, cansaço, palidez de pele e mucosas, alterações no sono, apatia e retardo no crescimento são sinais e sintomas de anemia ferropriva (carência de ferro), condição que atinge principalmente as crianças, em decorrência da queda da hemoglobina, responsável pela coloração avermelhada do sangue e pelo carregamento do oxigênio aos tecidos, o que gera a energia para as atividades diárias.
Crianças com até cinco anos constituem o grupo de maior risco para as deficiências desse micronutriente, segundo o Ministério da Saúde, sendo que estudos correlacionam mães com anemia durante a gravidez a lactentes com baixos níveis de hemoglobina. Por isso, desde o pré-natal é necessário o enfrentamento desta doença.
Em gestantes, a alimentação inadequada, o não uso de suplemento de ferro profilático, complicações nutricionais e parasitoses são fatores que podem ser os causadores da doença. Além disso, pode ser a causa primária de uma entre cinco mortes de parturientes ou estar associada a até 50% das mortes, conforme dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde. Por isso, a anemia ferropriva se constitui num problema de saúde pública. A profilaxia e o diagnóstico precoce visam à prevenção de consequências como déficit cognitivo, dificuldade escolar, comprometimento do desenvolvimento e do comportamento.
No caso dos bebês, é fundamental que tenham uma alimentação saudável e complementar para o seu pleno desenvolvimento psíquico e motor, principalmente na fase inicial da vida. Até os seis meses, o aleitamento materno exclusivo supre a sua necessidade de ferro. Passada essa fase, com a implantação de alimentos sólidos, recomenda-se uma dieta rica em carne vermelha, caldo de feijão, verduras escuras, nozes e brócolis, combinando com vitamina C para facilitar a absorção dos nutrientes no organismo.
Tratamento – É importante que pessoas de todas as faixas etárias realizem acompanhamento médico periódico para avaliar as condições de saúde. Nas Unidades Básicas de Saúde, que são a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde, esse atendimento se inicia a partir da consulta com clínico geral, ginecologista ou com o pediatra. Normalmente, no caso da anemia ferropriva, é prescrita a suplementação medicamentosa de ferro para suprir a carência do nutriente e equilibrar os níveis de hemoglobina. Fonte: capital.sp.gov.br