A A hipertensão é, atualmente, uma realidade para milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,28 bilhão de pessoas entre 30 e 79 anos sejam hipertensas no mundo, enquanto no Brasil a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) aponta o percentual de adultos hipertensos em 30%, muitos não diagnosticados.
O quadro hipertensivo, depois de instalado, requer tratamento crônico. Quando não tratada de forma corretamente, aumenta o risco de doenças cardíacas, cerebrais e renais.
A coordenadora da Clínica de Cardiologia do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Regina Adler, explica que a hipertensão arterial ou pressão alta é caracterizada pelos níveis pressóricos (força do sangue fluindo dentro dos vasos sanguíneos) acima de 140/90 mmHg (lê-se milímetros de mercúrio) e geralmente é assintomática.
“Estão mais propensos à hipertensão, mulheres e homens negros, pessoas de menor escolaridade e indivíduos na faixa etária acima dos 65 anos, sendo que as mulheres no pós-menopausa têm o risco aumentado devido às alterações hormonais e a queda nos níveis do estrogênio, que é um hormônio protetor”.
O diagnóstico da hipertensão deve ser baseado em pelo menos duas aferições da pressão por consulta, em pelo menos duas consultas. “Medir a pressão arterial regularmente é a única maneira de fazer o diagnóstico. É comum que os sintomas só apareçam quando os níveis pressóricos já estão muito altos. Nesse caso, os principais sintomas podem ser: dor de cabeça, zumbido no ouvido, tontura e visão embaçada”.
Doença tem tratamento – Segundo Regina. em casos mais graves de hipertensão não tratada, a doença pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC) e até mesmo um infarto agudo do miocárdio. “A condição também pode provocar ainda insuficiência cardíaca congestiva, angina, insuficiência renal e problemas visuais que podem se tornar crônicos”.
A médica lembra que o tratamento medicamentoso da hipertensão é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser continuado pelo resto da vida. A hipertensão tem tratamento, mas não tem cura. O abandono do tratamento pode representar risco de vida para o paciente”.
Embora os fatores genéticos também influenciem na predisposição à hipertensão, existe uma série de razões que podem ser controlados por meio dos hábitos de vida saudáveis. “Mantenha uma alimentação equilibrada, preferindo frutas, legumes, verduras, assados, grelhados. Evite o consumo excessivo de açúcar, de gorduras, de embutidos e enlatados e de sal. Também é importante reduzir a ingestão de álcool, não fumar, praticar atividades físicas e evitar o estresse”. Fonte: capital.sp.gov.br