A leishmaniose é uma zoonose, ou seja, uma doença parasitária infecciosa transmitida entre animais e pessoas nas regiões tropicais e subtropicais, por intermédio da picada de inseto vetor contaminado com o parasita. É causada pelo protozoário Leishmania.
Seus vetores são insetos pequenos e de coloração palha ou amarelada, conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. A transmissão da doença ocorre quando a fêmea do vetor se alimenta de sangue de um animal infectado, geralmente cães domésticos no caso de leishmaniose visceral (LV), e algumas espécies de animais silvestres (canídeos, roedores, marsupiais, edentados) no caso de leishmaniose tegumentar (LT), que posteriormente picam o homem.
De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), nos últimos cinco anos foram registrados cerca de 2.850 casos de leishmaniose visceral em 13 países das américas Central e do Sul, sendo que 93% dos casos ocorreram no Brasil. Na cidade de São Paulo, nos últimos cinco anos foi registrada uma média de nove casos confirmados por ano, não sendo nenhum autóctone (originada no próprio município).
Já a leishmaniose tegumentar, de acordo com a Opas, teve uma média de 52.645 casos registrados por ano nas Américas. Entre os países com maior incidência estão Brasil, Colômbia e Peru. Na cidade de São Paulo, foram registrados uma média de 24 casos por ano, também originados em outros locais. A cidade de São Paulo não possui registro de transmissão de leishmaniose em cães, até o momento.
Sintomas – Os principais sintomas da leishmaniose visceral incluem febre de longa duração (mais de sete dias), aumento do fígado e baço, que podem deixar a barriga grande, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia, dentre outras manifestações. No homem o período de incubação pode variar de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses.
No caso de leishmaniose tegumentar, a doença pode se manifestar sob duas formas: cutânea e mucosa. Comumente ocorre o aparecimento de úlcera cutânea, geralmente indolor, arredondada, com bordas bem delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e granulações grosseiras. Na forma mucosa caracteriza-se pela presença de lesões destrutivas em mucosa, em geral nas vias aéreas superiores.
Prevenção – Algumas medidas básicas são essenciais para prevenir a transmissão da doença, como usar repelentes, manter a limpeza e higiene nas residências e usar mosquiteiro com malha fina.
Também é recomendado que se evite a criação de porcos e aves em áreas urbanas, mantenha a casa e quintal livre de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas.
Para os tutores de cães, recomenda-se adotar a guarda responsável do animal, mantendo-o em ambientes telados com malha fina durante o período de maior atividade do vetor que é do entardecer ao amanhecer, além de colocar coleira repelente no pet.
Tratamento – O diagnóstico e tratamento para as leishmanioses estão disponíveis na rede pública de saúde. A terapia deve ser iniciada o quanto antes. A leishmaniose visceral é considerada uma doença grave, uma vez que quando não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos. Diante da manifestação de sintomas, é importante procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. No caso da leishmaniose tegumentar, é importante a avaliação médica e diagnóstico laboratorial para início do tratamento precoce. O tratamento indicado varia de acordo com a forma clínica desenvolvida. Fonte: capital.sp.gov.br
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