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Saiba o que é a Doença de Chagas, seus sintomas e tratamento

A doença de Chagas (DC) é transmitida pela picada do “bicho-barbeiro”, infectado com o protozoário Trypanosoma cruzi. O inseto tem hábitos noturnos e pode se esconder em buracos das paredes, frestas, camas e colchões das casas. O seu nome popular se deve ao fato de picar as pessoas na região do rosto. Além do homem, também infecta animais mamíferos. Para alertar a população sobre os riscos que oferece, o 14 de abril marca o dia mundial de conscientização sobre essa enfermidade silenciosa.
A transmissão da DC ocorre principalmente quando o “barbeiro”, ao picar, deposita fezes sobre a pele da pessoa. A picada provoca irritação e ao se coçar, o protozoário contido nas fezes acaba se espalhando e entra na corrente sanguínea pelo local da picada. A boca, o nariz, a mucosa dos olhos, cortes e feridas na pele favorecem a penetração no organismo humano, que ocorre ainda por transfusão de sangue, transmissão de mãe para filho, consumo de alimentos contaminados (com o inseto ou suas fezes), como carne de caça, cana-de-açúcar e açaí.
Na fase aguda da doença, após a picada do inseto, a pessoa pode apresentar quadro de dor de cabeça, fraqueza, febre persistente superior a uma semana, ferida na região da picada, inchaço no rosto e nas pernas. Quando ocorre a transmissão oral, sinais digestórios intensos, como vômitos e diarreias, são vistos com maior frequência. Já na crônica pode ocorrer insuficiência cardíaca, dilatação do esôfago e intestino. Há casos em que os sinais são imperceptíveis e surgem após 20 anos.
Manifestação dos sintomas – O período entre o primeiro contato e o início dos sintomas varia conforme a transmissão, podendo ser vetorial (4 a 15 dias); oral (3 a 22 dias); vertical (em qualquer fase da gestação ou durante o parto); transfusional (acima de 40 dias) e acidental (em até 20 dias).
Medidas preventivas
• Telar as janelas para evitar a entrada de barbeiros;
• Manter a casa limpa, varrendo o chão, limpando atrás dos móveis e quadros;
• Expor travesseiros, colchões e cobertores ao sol;
• Impedir a instalação de ninhos de pássaros nos beirais da casa;
• Impedir a permanência de animais e aves dentro de casa;
• Construir abrigos e recintos para animais domésticos distantes da casa, mantendo-os limpos e vistoriados;
• Exercer as boas práticas de manipulação de alimentos.
Tratamento – A doença pode ser detectada com exame de sangue rotineiro. Para o tratamento, a medicação é administrada com acompanhamento médico e a doença tem chances de cura, se for tratada rapidamente. Os resultados são mais satisfatórios na fase aguda, período em que o parasita está circulando no sangue. Já na fase crônica são controlados apenas os sintomas para evitar complicações. Em caso de suspeita, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência, para avaliação e orientação médica. Fonte: capital.sp.gov.br

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