A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a amamentação seja exclusiva até os seis meses de idade e complementada até os dois anos de idade da criança ou mais. O leite materno é muito benéfico pois satisfaz todas as necessidades do recém-nascido nos primeiros seis meses de vida, inclusive de água. É de fácil digestibilidade, sendo melhor absorvido pelo bebê. Protege contra infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia e tem grande impacto sobre a morbimortalidade infantil.
Amamentar também fortalece os vínculos afetivos entre a mãe e o bebê. Embora seja um processo muito individual, do qual cada mulher vivencia uma experiência muito particular, a ideia é que esse momento seja prazeroso para ambos.
Pensando nisso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca alguns detalhes importantes na hora de oferecer o leite materno ao bebê.
A pega correta – Antes de amamentar, é recomendado lavar bem as mãos e os braços. Em seguida, procure uma posição confortável. Para que o leite saia em quantidade suficiente e que o bebê consiga engolir tranquilamente, o ideal é que as barrigas de ambos estejam bem encostadas, ou seja, barriga com barriga. Para isso, é indicado desenrolar o bebê das cobertas.
Outro ponto importante é em relação a boca do bebê, que deve estar bem aberta, de frente para a mama, para abocanhar não só o mamilo, mas grande parte da aréola. Isso é importante para evitar dor e rachadura no bico do peito.
Produção de leite materno – É fundamental ter em mente que quanto mais o bebê mamar, mais leite será produzido. Por isso, para ter leite sempre, deixe o bebê mamar em livre demanda, ou seja, sempre que ele quiser e até que esteja satisfeito.
Somente quando esvaziar um peito é que deve ser oferecido o outro. Além disso, a próxima mamada deve ser iniciada pela mama que foi dada por último. Quando o bebê não esvaziar uma das mamas, retire o leite e ofereça este peito na próxima mamada.
É normal que o tempo de mamada diminua no decorrer das primeiras semanas do recém-nascido. Isto significa, na maioria das vezes, que o bebê está mamando de forma mais eficiente, ou seja, o esvaziamento da mama se faz mais rapidamente.
É importante destacar, ainda, que nem todo choro significa fome. O bebê pode chorar porque está com frio ou calor, cólicas, sentindo algum desconforto, fraldas sujas ou precisando de aconchego.
Chupetas e mamadeiras – Não é indicado dar chupetas e mamadeiras ou até mesmo fazer uso de protetores de mamilo, porque isso faz o bebê ficar confuso para mamar, uma vez que o jeito de abocanhar e sugar o peito é muito diferente do bico artificial e o bebê pode parar de mamar por conta disso. Além disso, seu uso pode aumentar o risco de o bebê ter diarreias, pneumonias e, posteriormente, problemas nos dentes e na fala. Fonte: capital.sp.gov.br