Talvez você nunca tenha ouvido falar em animais sinantrópicos, mas certamente já teve alguma experiência desagradável com ratos, baratas e outros invasores. Eles fazem parte desta ampla gama de espécies que, mesmo indesejáveis, se adaptaram a viver com o ser humano. Também são considerados animais sinantrópicos abelhas, aranhas, carrapatos, escorpiões, formigas, lacraias, moscas, mosquitos, pulgas e pombos, entre outras que podem oferecer riscos à saúde humana, em especial no verão.
Isso porque o calor, o aumento das chuvas e o clima úmido são condições ideais para a proliferação dos animais sinantrópicos, vários dos quais atuam como vetores de micro-organismos que causam doenças como dengue, febre amarela, chikungunya, raiva, leptospirose, febre bubônica, criptococose e Salmonelose, entre outras. Ou simplesmente pelo fato de serem venenosos. Pensando nisso, é importante entender como evitar seu surgimento.
Geralmente, os animais sinantrópicos precisam de quatro situações para se instalar e sobreviver: alimento, abrigo, acesso ao abrigo e água. É fundamental, portanto, fazer o manejo ambiental, eliminando as fontes de alimento, de água e abrigo destas espécies, reduzindo assim sua incidência. Um exemplo disso é a orientação, no caso da dengue, para que se elimine todos os focos de água limpa e parada nos quais a fêmea do mosquito Aedes aegypti deposita seus ovos.
Na cidade de São Paulo, o controle e as orientações sobre essa fauna são atribuições da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ), que integra a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A DVZ é responsável pelo controle de doenças e agravos transmitidos tanto por animais sinantrópicos quanto domésticos, como cães e gatos. A divisão possui em sua estrutura o Laboratório da Fauna Sinantrópica, responsável pela identificação de animais sinantrópicos coletados no meio urbano. Fonte: capital.sp.gov.br