Plantas com folhas amareladas, caindo, sem florescimento ou frutos malformados, entre outros sintomas, podem estar relacionados à quantidade de luz recebida, falta ou excesso de regas. Mas também pode ser falta de adubo do solo. Se for este o problema, aproveite o período de quarentena e cuide delas, seguindo as orientações do engenheiro agrônomo Thiago Beloni, da Escola Municipal de Jardinagem da Universidade Aberta do Meio Ambiente da Cultura de Paz (UMAPAZ). Trata-se de um departamento da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, localizado no Parque Ibirapuera, Zona Sul.
De acordo com o especialista, uma boa opção é um fertilizante mineral, que contenha NPK. Pode ser encontrado na forma granulada, em farelo, líquido e em pó. A sigla é formada pela junção dos símbolos do Nitrogênio (N), do Fósforo (P) e do Potássio (K), nutrientes que as plantas mais utilizam durante o seu desenvolvimento. Por esse motivo, são nomeados de macronutrientes.
“O Nitrogênio está presente em substâncias como a clorofila e os aminoácidos – unidades formadoras das proteínas e enzimas; o Fósforo participa do processo de respiração celular e é integrante da molécula de DNA; e o Potássio é essencial para o transporte de açúcares aos frutos e órgãos de reserva. Estes são apenas alguns exemplos das funções que tais elementos exercem no organismo vegetal”, explica Beloni.
“O fertilizante também pode conter outros elementos na sua fórmula como por exemplo cálcio, magnésio, enxofre, e ainda, micronutrientes. Certamente é um dos adubos minerais mais utilizados no país, devido à possibilidade de aplicar vários nutrientes com apenas uma operação”, complementa.
No ambiente doméstico, segundo o profissional, é mais comum o uso do NPK 04-14-08 durante o plantio, pois o maior teor de Fósforo favorece a formação de raízes – e aplicações do NPK 10-10-10 em adubações de manutenção. “Estas são as formulações mais fáceis de serem encontradas nas lojas de jardinagem e as mais conhecidas”, diz Beloni.
O especialista explica que a análise de solo é o meio mais recomendável para se determinar a quantidade de adubo a ser aplicada. Mas, considerando que no ambiente doméstico, eventualmente, possuímos apenas alguns vasos ou uma pequena área de jardim, pode parecer meio descabida a necessidade de uma análise para tal finalidade. Nesses casos, a realização de adubações anuais ou semestrais é uma prática que funciona muito bem. Entretanto, é necessária cautela, pois altas doses podem ocasionar resultados desastrosos.
“A quantidade utilizada em vasos não deve ultrapassar poucos gramas (g) por aplicação; e em canteiros, algumas dezenas de gramas por metro quadrado (g/m²) são suficientes”, orienta Beloni.
Maiores informações podem ser encontradas na literatura especializada ou também nas próprias embalagens do produto, de acordo com o engenheiro agrônomo. “De maneira geral, recomenda-se a adubação nos meses em que a planta está em pleno desenvolvimento vegetativo. Na prática, é quando ela está emitindo folhas novas e aumentando a sua área fotossintética. Para a maioria das espécies, este momento ocorre nas épocas mais quentes do ano”, ele enfatiza.
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Fonte: capital.sp.gov.br