A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), autorizou a retomada das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino da capital a partir do dia 1º de fevereiro. A decisão foi tomada tendo como base os estudos realizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e apresentados na manhã desta quinta-feira (14/01), durante coletiva de imprensa virtual.
“A recomendação da Saúde é o retorno de todos os equipamentos de Educação com 35% da sua capacidade. É importante essa colocação para que a população de São Paulo fique tranquila, pois haverá o monitoramento constante”, explicou o vice-prefeito Ricardo Nunes.
Para a retomada das aulas será montado um sistema de acompanhamento da vigilância da rede de educação municipal por meio das Unidades Básicas de Saúde.
“Também teremos as Escolas Sentinelas. Vamos escolher na área das 28 Unidades de Vigilância Sanitária do município uma escola que será acompanhada durante os 14 dias do ciclo do coronavírus para ter todos os dados de alunos, funcionários e também dos pais. Ela será a nossa referência naquele território”, explicou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
Nas quatro mil escolas da rede municipal de ensino, o retorno será com 35% dos estudantes em sistema de rodízio. As primeiras duas semanas de aulas serão de preparação. Por meio da Escola de Formação para Professores serão realizadas imersões que irão preparar os docentes para essa nova realidade de atividades híbridas entre os alunos.
As escolas funcionarão durante o período habitual e passarão por constante análise. Em caso de suspeita, além do Protocolo de Saúde já desenvolvido, as escolas contarão com Unidades Básicas de Saúde de referência que farão o monitoramento da unidade, colaborando com as dúvidas frequentes e o encaminhamento de possíveis casos.
“A pandemia ainda não acabou, precisamos adotar todos os trabalhos necessários, mas o trabalho feito merece o nosso cumprimento. Seguindo as orientações da Saúde, podemos retomar as atividades presenciais na Rede Pública de Ensino”, explicou o secretário municipal de Educação, Fernando Padula.
Educação e Saúde terão um grupo técnico constante que fará análise das condições e do andamento de reabertura. Esse grupo poderá determinar a ampliação no número de estudantes nas escolas ou até o retrocesso da medida, de acordo com as informações que serão trocadas ao longo do tempo.
Segundo a secretária adjunta de Educação, Minea Paschoaleto Fratella, 100% dos alunos devem voltar, mas em sistema de rodízio. “Os familiares podem optar pelo retorno das crianças ou não. Vamos fazer uma pesquisa com os familiares”, disse.
Preparação – A Prefeitura de São Paulo prevê investimentos totais de R$ 2,7 bilhões para garantir que as medidas de segurança e sanitárias sejam cumpridas em todas as escolas e instituições da rede. Deste total, R$ 1,7 bilhão foi investido em 2020 e outro R$ 1 bilhão deve ser investido em 2021.. Neste período houve a aquisição de 465 mil tablets que serão utilizados pelos alunos e 552 escolas foram reformadas (telhado, hidráulica, adequação de fiação e cabos de rede, pintura e construção de muros).
Também foram adquiridos 760 mil kits de higiene (sabonete líquido, copo e nécessaire), 2,4 milhões de máscaras de tecido, 6,2 mil termômetros digitais e 75 mil protetores faciais que serão destinados a alunos e servidores, com investimento total de cerca de R$ 20 milhões.
Segundo o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, foram repassados R$297 milhões para as escolas por meio do Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF). “Repassamos recursos para a compra de tapetes sanitizantes, consertos de torneiras, colocação de lavabo, tampa de privada, mudança do fluxo de chegada e saída dos alunos, sinalização”, explicou.
Todas as salas de aula serão adaptadas com computadores, projetores e caixa de som para permitir a transmissão da aula para os alunos que não estejam de forma presencial.