Ao longo de 2022, a Divisão da Fauna Silvestre recebeu 2.544 gambás. Diante da alta demanda, foi adaptado um recinto utilizado para treino de voo e caça de rapinantes, para implantar o “gambazário”. Com 12 metros de comprimento e quatro metros de largura e altura, conta com tocas, cordas, troncos e folhagens. O local proporciona aos filhotes experiências de caça e procura por alimento, além do estímulo ao comportamento noturno e natural. Para acompanhar o resultado dessa inovação foram instaladas armadilhas fotográficas.
Os gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita) são extremamente adaptados à presença de pessoas e ao ambiente antrópico. Eles se abrigam ou fazem ninhos em quintais, quartos, forros, churrasqueiras, caixas de papelão, máquinas de lavar roupa, piscinas, entre outros.
Esses animais sofrem injustamente com o repúdio e o medo das pessoas, que entram em pânico com a presença deles em suas casas e, por isso, muitos são encaminhados para a Divisão saudáveis. Os filhotes necessitam de cuidados especiais, muitos perderam a mãe no começo da vida.
Podem ser vistos por toda a cidade de São Paulo, principalmente durante a primavera e verão, época de reprodução da espécie. Pesam em média 1,4 kg e o corpo mede entre 35,5 cm e 40 cm.
Caso você encontre um animal silvestre circulando pela Cidade, não mexa ou alimente-o, ele saberá se proteger e encontrar alimento sozinho. Se o animal estiver ferido ou sendo maltratado, entre em contato com os técnicos da Divisão da Fauna Silvestre pelo Whatsapp (11) 95220-0219, das 8h às 17h. Caso o animal precise ser resgatado, entre em contato com a GCM Ambiental pelo número 153. Fonte: capital.sp.gov.br