Qual o país que inventou o dinheiro?
A segunda grande revolução na história do dinheiro, o papel-moeda, teve uma origem mais confusa. Já existiam cédulas na China do ano 960, mas não se espalharam para outros lugares e caíram em desuso no fim do século XIV. As notas só apareceram na Europa – e daí para o mundo – em 1661, na Suécia.31 de out de 2016
O dinheiro no Brasil Colônia (1500-1822)
O primeiro dinheiro a circular no Brasil foi a moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal. Mas a primeira “moeda” brasileira de fato foi o açúcar, que, em 1614, passou a valer como dinheiro por ordem do governador Constantino Menelau. O fumo, o algodão e a madeira também eram muito utilizados com essa função.
Em que ano surgiu o dinheiro no Brasil?
O dinheiro começou a circular no Brasil ainda no período colonial, trazido pelos portugueses. … Essas moedas foram as primeiras com a palavra Brasil. Em 1694, o então rei de Portugal, D. Pedro II, criou a primeira Casa da Moeda brasileira, na Bahia, que futuramente foi transferida para o Rio de Janeiro.6 de nov de 2009
Como surgiu o sistema monetário brasileiro?
Sistema monetário brasileiro. … O Brasil começou a produzir suas próprias moedas em 1694 com a criação da casa da moeda da Bahia. A moeda trazida pelos portugueses chamava-se real, mas o povo brasileiro abatizou de réis. Os centavos só surgiram em 1942, quando se criou o cruzeiro.13 de set de 2012
As casas fabricantes de moedas foram criadas por aqui à medida que os lugares iam desenvolvendo-se e necessitavam de dinheiro. A primeira foi a Casa da Moeda da Bahia, seguida pelas do Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais.
Quando a Corte portuguesa veio para o Rio de Janeiro por conta das Guerras Napoleônicas, o crescimento dos gastos por causa de sua presença e a falta de metal precioso levaram à necessidade de emissão de moeda de papel para atender ao comércio. Criou-se, então, o Banco do Brasil, e, em 1810, foram lançados os primeiros bilhetes de banco no país.
O dinheiro no Brasil Império (1822-1889)
Entretanto, quando D. João VI voltou para Portugal, levou não só a Corte, mas também o tesouro nacional. Golpe grave: as reservas bancárias da Colônia reduziram-se a 20 contos de réis (ou 2 mil réis). Passou-se a emitir papel-moeda sem lastro metálico suficiente, o que ocasionou a progressiva desvalorização do dinheiro. Assim, quando D. Pedro I se tornou imperador do Brasil em 1822, encontrou os cofres vazios e uma enorme dívida pública. Sob o governo de D. Pedro II a situação melhorou um pouco, principalmente devido à produção cafeeira (que seria o centro da economia brasileira nos próximos 100 anos) e à construção de ferrovias e estradas.
Moeda de 6.400 réis, de 1822, em ouro. Conhecida como Peça da Coroação, foi cunhada para comemorar a coroação de Dom Pedro I como Imperador do Brasil.
Em 1888, com a abolição da escravatura, completava-se parte do caminho – que seria concluído pela imigração – da formação do nosso mercado de trabalho, o que disponibilizou a mão-de-obra necessária para nossa industrialização. Foram evoluções imprescindíveis para o desenvolvimento capitalista no Brasil.
No dia-a-dia, passou-se a usar o mil-réis, múltiplo do real, como unidade monetária devido às seguidas desvalorizações.
O dinheiro na República Velha (1889-1937)
A desvalorização transformou-se num mal crônico, e as crises financeiras se sucediam. O governo federal passou a ser o único responsável pela emissão de nosso dinheiro. Só em 1911 é que o dinheiro brasileiro registrou sua primeira alta no mercado internacional.
Em 1906, foi criada a Caixa de Conversão para combater a crise no mercado do café – produto importantíssimo para a economia brasileira – e manter equilibrado o poder de troca da moeda o Brasil no comércio com outras nações. A Caixa emitiu cédulas em valores que variam entre 10 mil réis e 1 conto de réis – o chamado papel-ouro, porque tinha a garantia de ser trocado por moedas de ouro. Ela teve suas atividades encerradas em 1920.
Cédula de 500 mil réis da Caixa de Conversão de 1906.
Mas o mil-réis se desvalorizou muito devido à Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, e ao crash da bolsa em 1929, fato que influenciou a economia do mundo todo. Começou nesse período a crise da produção cafeeira no Brasil.
Para tentar estabilizar a situação, criou-se a Caixa de Estabilização, que emitia cédulas que podiam ser trocadas por barras ou moedas de ouro, com o intuito de formar um estoque que tornasse o dinheiro brasileiro mais forte. A Caixa não teve êxito, pois essas crises foram tão fortes que esgotaram os depósitos, e suas atividades foram encerradas em 1930.
O dinheiro no Estado Novo (1937-1945)
A partir de 1933, o Brasil começou a se recuperar. Isso se deveu principalmente à política de defesa dos interesses cafeeiros, já que a demanda interna voltou-se mais uma vez ao produto nacional, por causa da brusca queda da capacidade de importar produtos.
O governo ditatorial de Getúlio Vargas se preocupava muito em criar medidas de estímulo à indústria brasileira, manipulando investimentos e investindo recursos em segmentos como a indústria de base. Em 1941, surge a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Companhia Vale do Rio Doce.
No ano de 1942, o cruzeiro é estabelecido como padrão monetário nacional, substituindo o real. A nova unidade correspondia a 1 mil-réis.
O dinheiro na Quarta República e na Ditadura Militar (1945-1983)
A desaceleração do crescimento industrial ocasionado pela Segunda Guerra Mundial não impediu a consolidação da industrialização no Brasil no fim do Estado Novo, em 1945.
Cédula de 1 cruzeiro com efígie do Marquês de Tamandaré de 1956.
Já iniciadas as ditaduras militares, o ano de 1967 foi marcado pelo lançamento do cruzeiro novo, unidade transitória que equivalia a mil cruzeiros. Em 1970, sua denominação voltou a ser apenas cruzeiro.
De 1968 a 1973, o Brasil passou pelo milagre econômico, com a realização de obras e projetos ambiciosos. O PIB cresceu, em média, 11% ao ano, mas a renda tornou-se cada vez mais concentrada, problema que persiste até hoje.
Em 1979, ocorreu a maxidesvalorização do cruzeiro, durante o governo Figueiredo, quando o nosso dinheiro perdeu de uma só vez 30% do seu valor.
A partir do governo Juscelino Kubitschek (1956 a 1960) e durante todo o período dos governos militares (1964 a 1985), houve um supercrescimento da dívida externa brasileira, até que, em novembro de 1983, o país informou aos credores internacionais que deixaria de pagar o principal da dívida, honrando apenas os juros.
Cédula de 100 cruzeiros lançada em 1981. O dinheiro na Nova República (a partir de 1983)
A Nova República herdou como um dos mais pesados fardos a dívida externa e a inflação galopante, que seria o alvo principal de várias medidas e planos econômicos.
O Decreto 2.283 deflagrou, no governo Sarney, o Plano Cruzado. Entre as medidas adotadas, estavam a reforma monetária (criação da nova moeda, o Cruzado), o congelamento dos preços e a instituição do gatilho salarial, que era acionado toda vez que a taxa de inflação atingia 20%.
Em 1986, entrou em cena o Plano Cruzado II e, em 20 de fevereiro de 1987, o presidente José Sarney informou, em pronunciamento oficial, que o governo brasileiro suspendera unilateralmente todos os pagamentos de juros relativos à dívida de médio e longo prazo devida aos bancos comerciais estrangeiros.
Cédula de 10 mil cruzados lançada em 1986, que homenageou o cientista Carlos Chagas.
Entre 1987 e 1991, foram implementados sucessivamente vários planos econômicos. Primeiro o Plano Bresser, de junho de 1987. Em 1989, o Plano Verão, que criou o Cruzado Novo. Já no governo Collor, os planos Collor I (que ressuscitou o cruzeiro) e Collor II. A edição sucessiva mostrava o insucesso das tentativas de estabilizar a economia. A inflação pularia de 415,83% ao ano, em 1987, para 2.708,55% ao ano em 1993.
No início da década de 90, o Brasil passou por um período chamado de abertura comercial e econômica. Tratou-se de reduzir a tarifa de importação, realizar reestruturações industriais e tecnológicas e promover processos de privatizações de empresas estatais com o objetivo de criar condições para que o mercado nacional pudesse enfrentar a concorrência internacional e adequar sua economia ao fenômeno da globalização.
Em 1993, já no governo Itamar Franco, a moeda foi novamente desvalorizada em três decimais: o cruzeiro passou a se chamar cruzeiro real.
Tendo a inflação alcançado o alarmante índice de 3.700% nos primeiros onze meses de duração do cruzeiro real, o governo Itamar Franco passou a adotar, a partir de março de 1994, um indexador único da economia, designado unidade real de valor (URV), para estabelecer uma proporção entre salários e preços, o qual iria se transformar em nova moeda quando todos os preços, em tese, estivessem estáveis em termos de URV. Essa estabilidade pressuposta ocorreu em 1.° de julho de 1994, quando a URV, equivalendo a 2.700 cruzeiros reais, passou a valer 1 real, representado pelo símbolo R$.
Cédula de 50 mil cruzeiros reais lançada em 1993.
Em 1998, o real passou pela sua primeira grande afirmação, quando houve uma grande desvalorização da nossa moeda devido à quebradeira de vários mercados pelo mundo, principalmente o russo e o asiático. Mas, apesar das dificuldades, o Brasil atravessa atualmente uma fase de desenvolvimento. Temos uma grande produção industrial, um mercado vigoroso e atingimos uma marca representativa no segmento de informática e tecnologia. Todavia, nosso passado colonial e escravista revela igualmente seu peso, mantendo flagrantes desigualdades sociais em nosso país e fazendo com que uma grande parte da população não participe desse desenvolvimento.
Outro problema comumente enfrentado pelos mercados emergentes como o brasileiro é que suas economias vivem à mercê da ação de especuladores, que ganham dinheiro com fortes quedas no mercado cambial e de ações, podendo fazer com que entrem em colapsos parecidos com o enfrentado pelo povo argentino atualmente, pelo México em 1994 ou pelos Tigres Asiáticos em 1998.
Julho de 1994, o presidente Itamar Franco cria o Real, cujo plural é Reais. Antes que entrasse em circulação, passou vigorou uma unidade de conta, não de troca, chamada URV – Unidade Real de Valor, com variação diária. A economia era estimulada a usá-la como referência. Quando a URV chegou a 2.750 cruzeiros reais, a nova moeda, REAL, entrou em vigor.
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