Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia 19 de junho foi a data para conscientizar a população sobre os riscos da Doença Falciforme. Trata-se da alteração de dois genes hereditários que pode ser detectada em um exame que deve ser feito em todos os recém-nascidos: o teste do pezinho.
Uma simples picadinha no calcanhar do bebê identifica essa e outras doenças. No entanto, se não for feito ao nascer, o diagnóstico da doença Falciforme, anomalia na estrutura da hemoglobina, pode ser realizado pelo exame de eletroforese de hemoglobina, nas UBS (http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/)
De origem hereditária, a Doença Falciforme é uma anemia que se desenvolve a partir da mutação do gene porém, se identificada em um dos pais, não se manifestará na criança, que será portadora do traço falciforme. É a anomalia genética mais comum no Brasil e no mundo. Estima-se que em São Paulo a Doença Falciforme afete um a cada 4 mil nascidos vivos.
A enfermeira sanitarista, especialista em epidemiologia dos serviços de saúde e coordenadora da Área Técnica da Saúde da População Negra, Valdete Ferreira, enfatiza que essas pessoas devem ter acompanhamento constante de um hematologista e uma equipe multiprofissional. O tratamento utiliza medicações que são encontradas em centros de especialidades de responsabilidade do Estado e Atenção Básica. A cura é possível por meio de transplante alogênico de medula óssea. “Por muito tempo a doença esteve invisível, como consequência do racismo estrutural e institucional na sociedade. Essa doença chegou ao Brasil nos tempos da escravidão”, explica.
Saiba quais são os principais sintomas da doença Falciforme: Anemia; Crises dolorosas; Infecções; Icterícia; Sequestro esplênico; Acidente vascular cerebral; Síndrome torácica aguda; Priapismo; Úlceras de perna; Alterações oculares e Insuficiência renal.
Fonte: capital.sp.gov.br