Claudinei Nascimento
Dar apoio e afeto a crianças e adolescentes que já não têm mais vínculo familiar e com reduzidas possibilidades de adoção. Com esse propósito, a Vara da Infância e Juventude da Lapa busca pessoas interessadas em participar do programa de Apadrinhamento Afetivo.
Os beneficiados residem em um Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) localizado no bairro de Pirituba e a idade média deles é de 16 anos. Os interessados no apadrinhamento participarão de encontros para apresentação das diretrizes do programa, com a participação de representantes do Saica, do Fórum e de psicólogos da Unip.
A juíza da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional da Lapa, Carla Montesso Eberlein lembra, entretanto, que não se trata de um projeto de adoção. “O programa de apadrinhamento vai permitir a essas crianças e adolescentes a experiência de ter pessoas significativas em suas vidas, que sejam uma referência para que se preparem para a aquisição de um processo de autonomia”, diz.
O estado, segundo ela, já provê essas crianças e adolescentes, até os 18 anos, com casa, escola e alimentação, mas há muita mudança de profissionais e, geralmente, isso impede a construção de relações duradouras. Por isso, ela destaca a importância da afetividade dentro deste contexto. “O programa pretende que seja estabelecido um vínculo afetivo e permanente entre padrinhos e afilhados”, afirma Carla.
Inicialmente, os padrinhos têm contato com os profissionais do Saica e, ao longo do processo, conhecem as crianças e adolescentes que participam do programa. “A partir do estreitamento da iniciativa, permite-se, por exemplo, passeios ou visitas dos beneficiários à casa do padrinho”, afirma Carla.
Mais informações sobre o programa de apadrinhamento afetivo podem ser obtidas pelo e-mail: lapainf@tjsp.jus.br