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Glaucoma exige cuidados redobrados com a higiene durante a pandemia

No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, 26 de maio, o alerta vai para lembrar que a doença que pode levar à cegueira irreversível, tem como ser prevenida. No Brasil e no mundo, o Glaucoma afetará 80 milhões de pessoas em 2020 e 111,5 milhões em 2040, como prevê a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse alerta vale para além do mês e da data, afinal, o momento é de transformar hábitos por conta da pandemia por coronavírus.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem feito recomendações para pacientes de doenças existentes manterem seus tratamentos e redobrarem os cuidados com a higiene. Para quem tem Glaucoma, isso é mais do que um hábito, é um cuidado sobretudo na hora de aplicar os colírios. Ficar em casa também é uma recomendação agora, portanto para a compra dos medicamentos, orienta-se utilizar os serviços de entrega em domicílio.
O tratamento oftalmológico na rede municipal de saúde começa pela Unidade Básica de Saúde (UBS).
O médico é quem fará o encaminhamento, se necessário, para o Instituto Cema de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e o Instituto Suel Abujamra, serviços habilitados para atendimento ao paciente com glaucoma, sob gestão municipal.
“O glaucoma pode ocorrer em qualquer idade, é provocado pelo aumento da pressão intraocular, que ocorre devido à dificuldade de drenagem do líquido produzido dentro do globo ocular que, sem tratamento, acarreta atrofia lenta e progressiva do nervo óptico, o mesmo que envia as imagens do olho para o cérebro”, explica a oftalmologista Yara da Fonseca Sellaro, da Central de Regulação de APAC/Oftalmo do Complexo Regulador do Município de São Paulo.
O tipo mais comum de glaucoma é o crônico que, se diagnosticado precocemente, não altera a visão. Em quase todos os casos, são controlados com medicação local e contínua.
A doença pode ser congênita ou hereditária. Quando isso acontece, o bebê deve ser operado logo após o nascimento.
Os casos agudos, que se manifestam por dor forte, podem provocar a perda significativa da visão. Esses pacientes devem ser submetidos, com urgência, a algum procedimento para que o nervo não atrofie, o que pode ocorrer em até 24 horas.
O trauma local e as infecções precisam ser tratados com colírios e outros medicamentos indicados pelo especialista.
A atenção para prevenção e diagnóstico precoce do glaucoma deve ser redobrada em diabéticos, cardiopatas, vítimas de trauma ou lesão (por exemplo, uma bolada ou cotovelada no olho) e com pessoas de etnia africana ou asiática, com maior propensão a desenvolver o glaucoma.
A médica da rede municipal não recomenda buscar consultas em óticas, porque esses estabelecimentos não realizam controle de pressão nos olhos. “A hipertensão ocular precisa ser diagnosticada precocemente e tratada antes das lesões do nervo óptico acontecerem”, explica Yara.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a pressão intraocular (PIO) não costuma apresentar variações significativas em um curto espaço de tempo em pacientes em uso regular dos colírios. Sendo assim, não existe necessidade de pronto atendimento somente para medir a pressão ocular.

Prefeitura: capital.sp.gov.br

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