Nossa História
A Associação dos Pintores com a Boca e os Pés começou em 1956 quando Erich Stegmann, um artista que pintava com a boca, reuniu um pequeno grupo de artistas com deficiência física de 8 países europeus. Seu objetivo era ganharem o seu próprio sustento através de seus esforços artísticos e obter uma segurança de trabalho que até então eles não tinham.
Juntando suas habilidades criativas com uma visão de negócios, Stegmann fundou a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés como uma organização corporativa que reproduz os trabalhos dos seus artistas principalmente na forma de cartões, calendários e outros produtos.
O pequeno grupo que ele reuniu no encontro inaugural da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés agora cresceu significativamente e representa aproximadamente 800 artistas em 75 países ao redor do mundo.
Um dos principais focos de Stegmann era que a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés nunca deveria ser considerada uma instituição de caridade pelo fato de seus membros serem deficientes físicos. Para Stegmann, a palavra “caridade” era tão abominável como a palavra “pena”. A Associação sustenta que não é uma instituição de caridade e não se qualifica para a assistência caritativa.
No Brasil
Atualmente há 53 artistas no Brasil, muitos dão palestras e demonstrações de pintura para escolas, empresas e outros grupos interessados, oferecendo uma melhor compreensão do trabalho que está sendo feito pela Associação e as possibilidades disponíveis como oportunidade para as pessoas com deficiência. Conheça mais sobre eles na página de Artistas.
Objetivos
A Associação dos Pintores com a Boca e os Pés é uma organização internacional controlada pelos seus artistas membros, cujo propósito é:
– Fazer contato com artistas que perderam o uso de suas mãos, seja por nascença, acidente ou doença, e agora pintam com a boca e os pés.
– Fazer contato com pessoas com deficiência que gostariam de aprender a pintar e ganhar seu próprio sustento através dessa capacidade.
– Oferecer assistência moral e informativa para pessoas com deficiência que estejam interessadas em tornar-se estudantes, oferecer aos alunos apoio financeiro, prático e criativo para que sejam artistas completamente desenvolvidos e membros da Associação.
– Estabelecer editoras.
– Atender os interesses dos artistas, facilitando a venda de seu trabalho, principalmente na forma de reproduções como cartões, calendários, etc.
– Publicar material que comunique e apoie o propósito da organização.
– Auxiliar os artistas com deficiência na obtenção de autoestima, realização criativa e segurança financeira.
Quem pode fazer parte?
Qualquer um que tenha perdido o uso das mãos e pinta segurando o pincel com a boca ou com os pés, independentemente de raça, credo ou cor, pode fazer parte da Associação.
A Associação dos Pintores com a Boca e os Pés tem três níveis de qualificação: bolsistas, membro associado e membro efetivo. A maioria dos artistas são normalmente admitidos como bolsitas. Eles recebem uma bolsa para pagar as aulas de pintura, materiais de arte, etc. Para manter consistentemente padrões elevados, o trabalho dos bolsitas é periodicamente revisado por um júri, até atingir um padrão que permita que eles sejam aceitos como membros efetivos. O júri inclui o presidente da Associação ou seu representante nomeado e dois artistas convencionais eminentes e reconhecidos. Quando aprovado, a diretoria pode admitir o novo bolsita/membro, sujeito à ratificação pelos membros na próxima convenção dos artistas delegados.
A Associação está constantemente buscando novos talentos promissores entre os deficientes que, talvez, tenham começado a assumir a pintura como uma forma de terapia.
Benefícios
Os estudantes recebem uma bolsa para ajudar a melhorar o seu padrão de pintura, através de fundos para compra de material de pintura, aulas, etc. Isso lhes proporciona meios para se tornarem um membro associado ou de pleno direito da Associação. Conforme um bolsista se desenvolve, melhorando a qualidade do seu trabalho, o valor da sua bolsa pode ir aumentando.
Quando um bolsista chega a um padrão considerado equivalente ao de profissionais não deficientes, ele pode ser tornar um membro associado ou efetivo.
Tornar-se membro significa que ele vai receber uma renda mensal vitalícia, independentemente se o aumento da sua deficiência tornar impossível a ele fornecer obras de arte para a Associação comercializar.
Este acordo liberta o artista de um grande receio diante da possibilidade de perder a capacidade de pintar devido à deteriorização de sua saúde.
Os membros também se beneficiam da interação entre eles. Membros e bolsistas têm a oportunidade de se conhecerem nas conferências da Associação, exposições e outros eventos, onde eles são capazes de se reunir, interagir e aprender uns com os outros.
Rua Tuim, 426 – Moema – Telefone: (11) 5053-5100