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Virado à Paulista é tombado como patrimônio imaterial do Estado

Uma receita que leva tutu de feijão, arroz, bisteca de porco, couve, ovo frito e banana à milanesa. Quem é que não provou este tradicional prato, conhecido como Virado à Paulista e servido às segundas-feiras no cardápio de inúmeros restaurantes de São Paulo?

Pois bem, a novidade é que agora ele é patrimônio imaterial do estado, título concedido, na semana passada, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Governo do Estado de São Paulo (Condephaat).

Com a decisão do órgão, o Virado à Paulista passa a ser considerado um bem cultural. Com ingredientes de origens indígenas, italiana e portuguesa, o prato é a prova da diversidade e multicultura encontrada no Estado de São Paulo. Diz a história que o prato servia os bandeirantes desde o século 16, alimentando-os em suas exaustivas jornadas.

De acordo com o parecer técnico da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico que pautou a decisão do Condephaat, “o registro do Virado Paulista pode ampliar a visibilidade de uma característica marcante na História de São Paulo: a integração de culturas de diversas procedências, ainda que historicamente marcada por confrontos, dominações e resistências. Este prato expressa em sua composição uma demonstração da diversidade cultural característica de São Paulo”.

O prato agrega séculos de encontros de culturas, de tradições, de conhecimento e de prazer sensorial. Deste modo, o prato pode ser considerado uma expressão da identidade cultural e da formação histórica e demográfica do estado de São Paulo e territórios vizinhos. O pedido de registro do Virado Paulista foi apresentado ao Condephaat por José Antonio de Barros Freire. Já o parecer técnico e a decisão favorável ao registro foram baseados na pesquisa realizada por Maurício Waldman, professor pós-doutor em Relações Internacionais, Geografia e Meio Ambiente.

 

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